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      Cantor e escritor propõe meiga revisão crítica de versos do compositor e poeta para músicas como ‘Formosa’, ‘Maria Moita’ e ‘Broto maroto’. Vini...

      Vinicius de Moraes tem questionado o machismo de algumas letras em EP e livro que Luca Argel lançará em maio
      Vinicius de Moraes tem questionado o machismo de algumas letras em EP e livro que Luca Argel lançará em maio (Foto: Reprodução)

      Cantor e escritor propõe meiga revisão crítica de versos do compositor e poeta para músicas como ‘Formosa’, ‘Maria Moita’ e ‘Broto maroto’. Vinicius de Moraes (1913 – 1980) tem analisado em ensaio de Luca Argel o machismo entranhado em algumas letras do compositor e poeta carioca Divulgação “Como qualquer artista, Vinicius de Moraes é filho de seu tempo. Um tempo onde os amores nem sempre tinham o mesmo horizonte de diversidade que temos hoje, onde os papéis de homens e de mulheres na sociedade eram muito menos flexíveis e onde certas manifestações do machismo nem sequer tinham sido nomeadas ainda. Tudo isto se reflete na obra de um artista. E quando este artista é Vinicius, o nosso Vinicius, que nos ensinou a amar, a sofrer por amor, e a ser só perdão, é preciso uma dose extra de coragem para apontar o quanto destes ensinamentos já não têm mais lugar no nosso tempo.” ♫ ANÁLISE ♪ Com as palavras reproduzidas acima, Luca Argel procura contextualizar – com argumento que já serve de defesa para possíveis ataques desferidos no ringue das redes sociais – o sentido do EP e do livro que lançará em maio. Agendado para 9 de maio, o EP Meigo energúmeno – Luca Argel canta Vinicius descende do ensaio escrito por Argel e publicado no livro Meigo energúmeno – Notas para uma leitura antimachista de Vinicius de Moraes, também previsto para ser lançado na primeira quinzena de maio. Cantor, compositor e escritor carioca residente em Portugal há cerca de dez anos, Luca Argel evidencia e questiona no disco e no ensaio – produto de dissertação publicada em 2016 – o machismo entranhado em parte do cancioneiro de Vinicius de Moraes (19 de outubro de 1913 – 9 de julho de 1980). Vinicius foi poeta e compositor carioca que contribuiu decisivamente a partir dos anos 1950 para a renovação da música brasileira – sobretudo através da parceria fundamental com Antonio Carlos Jobim (1927 – 1994) – na seara das letras, umas escritas com a leveza pedida pela bossa nova, outras em tom mais dramático. E algumas outras escritas com visão afinada com o machismo estrutural enraizado na sociedade patriarcal brasileira – objeto da carinhosa (e corajosa) revisão crítica proposta por Luca Argel no EP Meigo energúmeno e no livro. Como justificar à luz politicamente correta de 2025 versos como os de “Deus fez primeiro o homem/ A mulher nasceu depois/ E é por isso que a mulher/ Trabalha sempre pelos dois/ O homem acaba de chegar, tá com fome/ A mulher tem que olhar pelo homem / E é deitada, em pé/ Mulher tem é que trabalhar”, presentes na letra de Maria Moita, música composta por Vinicius em 1963, em parceria com Carlos Lyra (1933 – 2023), para a trilha sonora do musical Pobre menina rica (1964). Mesmo que escritos em fictício contexto dramatúrgico, tais versos refletem mais a visão machista do homem do que a da personagem da música. Maria Moita é uma das seis músicas cantadas por Luca Argel no EP Meigo energúmeno, editado pelo selo Aurita Records, de César Lacerda. Tempo de amor (Baden Powell e Vinicius de Moraes, 1966), Formosa (Baden Powell e Vinicius de Moraes, 1965) – música de letra cujos versos “Formosa, não faz assim / Carinho não é ruim / Mulher que nega não sabe, não / Tem uma coisa de menos no seu coração / A gente nasce, a gente cresce / A gente quer amar / Mulher que nega / Nega o que não é para negar” são contrários ao respeito do “não é não”, regra básica do movimento feminista – e Medo de amar (Vinicius de Moraes, 1958). Sem falar na esquecível Broto maroto (1965), outra parceria de Carlos Lyra com Vinicius, autor dos versos “Embora eu lhe tenha carinho / E ela só cuide de mim / Eu já tenho muito brotinho / Plantado no meu jardim”, lembranças de flerte fugaz do poeta com o universo juvenil do pop rock brasileiro da década de 1960. Tantas o poeta fez em favor do modus operandi masculino que, em Regra três (Toquinho e Vinicius de Moraes, 1971), o compositor alerta o rapaz da letra para os efeitos maléficos do abuso dessas regras de conduta masculina que já caducaram no código social. Enfim, antes de jogar Vinicius de Moraes na fogueira dos tribunais das redes socais, é preciso contextualizar essas letras machistas no tempo social em que foram escritas. O que jamais invalida a meiga revisão crítica proposta por Luca Argel no livro e no disco Meigo energúmeno, cujo titulo alude a um trecho de poema de 1943, Elegia ao primeiro amigo (“Sou um meigo energúmeno. Até hoje só bati numa mulher. Mas com singular delicadeza. Não sou bom nem mau: sou delicado. Preciso ser delicado”). Por ousar questionar sem sensacionalismo o teor machista de parte da da poética de um ícone da música brasileira, Luca Argel merece atenção. Saudações a quem tem dose extra de coragem em um tempo em que a grande maioria prefere o silêncio providencial... Capa do EP ‘Meigo energúmeno – Luca Argel canta Vinicius’, de Luca Argel Divulgação Vinicius de Moraes (1913 – 1980) tem questionado o machismo de parte da obra musical em disco e livro de Luca Argel Reprodução / Site oficial Vinicius de Moraes