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Imagem de cena da novela ‘Vale tudo’ na fictícia boate carioca Vanguard Rio Reprodução / Vídeo Globoplay ♫ ANÁLISE ♪ Quem acompanha o remake da novela Vale tudo – atração da Globo no horário das 21h – já viu o fictício pianista Rubens Acioly em ação na também fictícia boate carioca Vanguard Rio. Interpretado pelo ator Julio Andrade, Rubinho – como o músico é chamado pelos outros personagens da trama – aparece sempre tocando um samba-jazz, como integrante de trio de piano, baixo e bateria. Sim, a novela Vale tudo tem ecoado nestas três primeiras semanas esse gênero musical derivado da bossa nova e tipicamente carioca como a bossa que o gerou. Se a bossa nova tinha alguma influência do jazz, o samba-jazz escancarava a mistura, caindo no suingue com energia. O gênero surgiu no alvorecer da década de 1960 e, embora continue sendo tocado por músicos brasileiros e estrangeiros em discos e shows, o samba-jazz parece eternamente associado ao som feito em alguma boate carioca (ou mesmo paulistana) da primeira metade da década de 1960. O balanço do samba-jazz abre espaço para as improvisações características do jazz, feitas em interação com a cadência bonita e as harmonias do samba. Por exigir destreza rítmica, o samba-jazz é música para virtuoses do naipe do saxofonista e arranjador carioca J.T. Meirelles (1940 – 2008), merecidamente reconhecido como um dos criadores do gênero. Nome também fundamental na gênese do gênero, o pianista fluminense Sergio Mendes (1941 – 2024) tocava o gênero com maestria e foi a partir do samba-jazz que Mendes criou a bossa pop com que cativou os Estados Unidos – e por extensão o mundo – a partir de 1966. No Brasil, grupos como o Tamba Trio e o Zimbo Trio foram mestres no toque do samba-jazz. Pela linguagem universal, o samba-jazz facilitou a absorção da bossa nova pelos jazzistas dos Estados Unidos. Em essência, o samba-jazz é música instrumental, mas cantoras com ouvidos de músico e apurado senso rítmico, como Elis Regina (1945 – 1982) e Leny Andrade (1943 – 2023), conseguiam acompanhar os trios sem perder o fio da meada. Embora geralmente tocado no escurinho das boates e na intimidade de um piano-bar, o samba-jazz abre mão do clima íntimo da bossa nova. É uma música mais extrovertida, calorosa, vibrante. Uma música viva que, embora carimbada com a data dos anos 1960, segue cultuada Brasil e mundo afora, alimentando a alma de músicos como o fictício pianista Rubinho, o personagem sonhador de Vale tudo. Como a bossa nova, o samba-jazz não tem prazo de validade.