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Festival acontecerá nos dias 6, 7, 12, 13 e 14 de setembro de 2025, no Autódromo de Interlagos, na capital paulista. Billie Joe, do Green Day, durante show na
Gabriel Leone (ao centro) se reencontra com o Boca Livre em estúdio para gravar ‘Benefício’ após participar de dois shows do grupo Divulgação Capa do s
Festival terá nova edição em maio de 2025, com Laufey, Terno Rei & Samuel Rosa e The Lemon Twigs. Norah Jones no Grammy 2023 REUTERS/David Swanson O Popload
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♫ ANÁLISE ♩ Aproveitando a passagem da turnê Caetano & Bethânia por Fortaleza (CE) em show programado para a noite de hoje, 16 de novembro, Maria Bethânia recebeu ontem o título de Doutora Honoris Causa pela Universidade Federal do Ceará (UFC) em cerimônia na Concha acústica da instituição. Não é a primeira vez que a artista baiana recebe honraria acadêmica do gênero. Em 2016, ano em que completou 70 anos, Bethânia foi condecorada com o mesmo título pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). E tanto uma homenagem como outra soa perfeitamente natural. Desde que irrompeu em cena em fevereiro de 1965, Maria Bethânia tem mostrado um profundo saber dos códigos e da magia do palco. Em aliança com o diretor e ator de teatro Fauzi Arap (1938 – 2013), condutor da intérprete em cena e mestre na criação de roteiros que entrelaçavam músicas e textos poéticos, a cantora deu sucessivas aulas de como fazer um show com conceito e consistência. Sem falar na difusão da obra do poeta português Fernando Pessoa (1888 – 1935) para um público que tinha pouco ou mesmo nenhum conhecimento dos versos deste gênio da escrita em versos. Além de ter dado voz a muitos outros poetas, tanto do Brasil quanto de Portugal, Bethânia contribuiu muito para que Pessoa chegasse ao povo brasileiro ao dizer versos do poeta com entonação e edição precisas (sim, é primorosa a maneira como a intérprete edita os poemas para a cena). Maria Bethânia também é mestra quando descortina para plateias e ouvintes urbanos um Brasil mais interiorano e interiorizado, motriz de álbuns como Ciclo (1983), Olho d’água (1992), A força que nunca seca (1999) e Brasileirinho (2003). Em essência, a discografia de Maria Bethânia é compêndio da história do Brasil. Mesmo sem nunca ter soado didática, o que prejudicaria a força da interpretação, Maria Bethânia vem cantando páginas felizes e infelizes da nossa história em discos e shows através dos cancioneiros dos maiores compositores do Brasil. Contudo, é no palco – habitat natural da artista – que a intérprete se agiganta e se impõe como doutora da cena.